sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Desabafo...

Ligo a TV e vejo falsos moralistas criando pré conceitos, ao invés de realmente focarem o problema. Chamam de vagabundos!, mas não são eles que vivem em condições miseráveis. Não sabem o que é trabalhar a vida inteira e mal conseguir comprar um barraco, ou alimentar os filhos, pois se ganha pouco e se trabalha muito. Sendo a TV um dos poucos entretenimentos que possuem, mostram programas que ao invés de incentivar o raciocínio crítico, a cultura, emburrecem as pessoas, mostrando a vida dos famosos e milionários, inserindo a ilusão de que se você trabalhar mais será igual a eles. Caindo na desilusão, muitos acabam caindo no crime, sendo este claro, apenas um exemplo. Não estou defendendo quem rouba ou mata, mas sim que se foque na causa do problema e não simplesmente a cubra com moralismo barato.

Não-poesia

Não é pura ironia?
Falar de ecologia
quando a fumaça que anuncia
é a mesma que cria?
É como isto: sem autonomia
Uma rígida poesia!

Uma rima deveria
Extrapolar o que cria
E não repetiria
Palavra que vicia.

Olha que mesquinharia!
Escritos da maquinaria
Molde de mente vazia:
"Na internet nada se cria, tudo se copia".
Que absurdo, eu diria!

E você indagaria?
Até quando leria?

Se eu te desse palavras que se desconhecia?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Semana Autônoma Korr-cell

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Civilização e Civilizados


Estava pensando/lendo um texto discutindo civilização. Era uma crítica a Nobert Elias e seu ponto de vista extremamente eurocêntrico. Imediatamente lembrei dos massacres feitos em nome da defesa da civilização sobre os "não-civilizados". Geralmente foram mortas nações que ocupavam os "novos mundos" (Oceania, pacífico e américa, estes três em especial), que comumente chamamos de índios.

Usamos como paramêtro geralmente a tecnologia. Porém a alemanha nazista era tecnologicámente bem desenvolvida, mas a sua caça aos judeus/testemunhas de jeová/homossexuais/comunistas, etc e qualquer oposição é considerado algo definitivamente não civilizado. Ficamos a discutir sobre as mais variadas coisas.

Neste ponto Vico, nascido no século XVII, trás algo novo, pois ninguém deu muita importância para sua obra na época. Apesar de não ter os mesmos propósitos que eu, Vico diz que; Sepultar seus mortos, Celebrar o casamento e ter um mito de explicação da origem é que definem se um grupo é civilizado ou não.

Um ponto de vista que muita gente esquece de levar em consideração na hora de classificar algo como tal, e que dá a muitos grupos "primitivos" o stattus de civilizado.

Não defendendo se acredito ser a civilização alguma coisa necessária ou tão importante, apenas uma tentativa de pensar com o martelo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hei de amar!

Ahhh, la vie.
Qu'est-ce qu'on veut plus?

Je ne veux rien!
Je veux seulement la vie!

On doit aimer quoi?
J'aime tout!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Genial

"Fique longe, ou entre. Eu sou uma placa, não um policial."

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Um viva aos

Macacos Mórbidos

Macacos mórbidos ficam entediados

Macacos mórbidos acham que sabem o que são

Macacos mórbidos acham que entende o que as coisas são

Macacos mórbidos acham que controlam a vida

E acham que controlam o mundo

E então, eles evoluem e resolvem melhorá-lo (o mundo),

E criam as máquinas, a energia, as cidades, a civilização, a poluição, enfim destroem mais que qualquer outra coisa, e pensam estar tudo bem porque são racionais, naturalmente racionais, iguais ao que os seus antepassados nunca foram, então eles continuam pensando que podem concertar o erro, mas continuam a fazer tudo da mesma forma, consomem a terra como se esta servisse meramente como fonte para todos os desejos humanos.

E fazem dela matéria prima para satisfazer suas... Necessidades? Fetiches? Bem, fazem dela matéria prima para satisfazer suas necessidades de fetiche.

Mas está tudo bem seguir devorando tudo a sua frente, está tudo bem seguir em direção ao suicido. Será esse o melhor caminha para os macacos mórbidos? O suicídio?

Se não é o melhor para eles como um todo, faz-se necessário um fim, ao menos, à sociedade, ao modo moderno de vida destes macacos espertos, ou seja, um suicídio do macaco moderno – dos tempos modernos –, do ente impróprio de si. Urge tal assassinato, e quem sabe do cadáver deste posso erguer-se o corpo do novo ser-no-mundo, sendo e vendo-se como parte dele, ou melhor, não como uma parte nele, mas como ele sendo numa relação com o mundo nem mais nem menos, nem longe nem perto, nem superior ou inferior, nem a serviço de nem mesmo no comando, mas sim, num gracioso balé pelo produzir-se aí, com a coragem de se por nos risco, sem buscar suplantá-los movido pela temeridade ou temor, sem criar subterfúgios para pôr-se-aí, sem usar-se de uma técnica voraz para sub-existir como peça de uma maquinaria, erigida por armação quantificadora, esvaziadora de possibilidades de ser.

Por fim, macacos mórbidos, que fazem questão de pôr-se do lado de quem exorcizou a loucura-criadora de si.

Por fim, seres agonizantes no abismo do ser, que se faça a escuridão de si, para fazer salvar em seu âmago o pouco de brilho, assim, permitir verter o devir das possibilidades de um novo “eu”.