quarta-feira, 28 de abril de 2010


Lançamento do Livro

“Clio no Cio: Escritos livres sobre o Corpo”

O livro “Clio no Cio: escritos livres sobre o corpo”, publicado pela Editora Casa Aberta, é o registro escrito das palestras proferidas por sete pesquisadores sobre o corpo em diversas áreas de atuação: filosofia, educação, arte, história, literatura, moda, cinema e gerontologia. Estas palestras foram organizadas pelo Coletivo “Clio no Cio”, um grupo de discussão e de pesquisa que iniciou suas atividades no ano de 2009.

As discussões nos mostraram que ainda temos uma relação bastante conflitante com o nosso corpo e com o corpo do Outro. Ainda receamos o desejo, desviamos os olhos e os pensamentos dos outros corpos e nos escondemos, com medos e preconceitos.

Estes ensaios e artigos problematizam o modo como a sociedade percebe e muda as relações com o corpo ao longo do tempo, da antiguidade grega à contemporaneidade. São falas e textos cujo intuito é destacar e elucidar as atitudes diversas sobre o corpo, que mesclam liberdade, disciplinamento, vergonha, medo, rejeição, desejo, transgressão, aceitação, modificação, etc., e que nos possibilita olharmos o Outro e a nós mesmos sem receios e sem vergonha.
Autores dos capítulos:
Fernando Santoro, José Roberto Severino, Celso Kraemer, Carla Fernanda da Silva, Viegas Fernandes da Costa, Iáscara Oara de Jesus e Rosane Magaly Martins

Nesta noite realizar-se-á também o primeiro Sarau Literário: E o verbo se fez carne!, cujo tema será o ‘Corpo’. Assim, para compartilhar esse momento poético, pede-se que os participantes tragam poesias ou pequenos contos para serem lidos no decorrer da noite.
O preço do livro, no dia do lançamento, será R$ 15,00 (quinze reais).
Serviço:
O que: Lançamento do livro “Clio no Cio: Escritos livres sobre o Corpo”.
Quando: 05 de maio de 2010, quarta-feira, às 20h30min.
Onde: Cachaçaria Água Doce, na Rua Hermann Baungarten, 38 - Blumenau, SC.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Desabafo Estudantil

Vai esperar ficar pior?

Apitos! Megafone! Cartazes e barulho e embalados por grande indignação acadêmicos dos cursos de História, Teatro, Direito e Medicina fatigados pelas negligências da instituição reuniram-se em uma mobilização relâmpago.
Entre os problemas gritados e escritos estavam: ”Concurso para professores”; “40% de desconto para as licenciaturas”; “Incentivo para pesquisa”; “Restaurante Universitário”; “Hospital Universitário”; “Federalização”.
Os estudantes encontraram-se em frente à biblioteca no campus I da FURB às 18h30 do dia 19 de abril e iniciaram a “peregrinação” no Bloco I (onde se concentra um elevado número de cursos de licenciaturas), perpassaram pelo bloco R, S, desceram pelo bloco D, saíram entre os blocos B e C e chegaram ao bloco M.
No caminho, os estudantes entraram em algumas salas, levando consigo os cartazes que expunham estas reivindicações, como também um cartaz ironizando a posição de muitos acadêmicos que muitas vezes participam de determinadas atividades somente pelo fato de valer AACC (Atividades Acadêmico Científico Culturais), nesta mesma ideia cantaram “Pode aprender, pode estudar, nós não viemos lhe incomodar”, “O povo unido, é gente pra caralho” e outra frase bastante manifestada foi “Educação não é mercadoria”.
Encontraram o professor Clóvis Reis, diretor do Cento de Ciências Humanas e da Educação e o chamaram. Quando cobraram os 40% de desconto das licenciaturas, sugeriu para que os acadêmicos fossem à reitoria.
Ao chegar no Bloco M, sem poder entrar no prédio, os estudantes – aqui em grande peso do curso de História - esperaram o reitor Eduardo Deschamps vir até a porta munido de dois seguranças (que aliás, um deste acompanhou toda a mobilização – parabéns para a empresa terceirizada, parabéns também pelas cercas e portões!) e o secretário Mauro Tessari. Antes da conversação, ouve uma pausa para o “hino nacional brasileiro” satirizado. Após ouvir as mais repetidas histórias sobre os porquês de NÃO-concurso para professores, NÃO-40% de desconto nas mensalidades, NÃO-federalização e a defesa pela Plataforma Freire os acadêmicos contra argumentaram. Colocaram novamente que a desistência do curso advém do alto preço das mensalidades e a falta de concurso para professores que degenera um curso que há muitos anos vem sendo respeitado pela qualidade e posicionamento crítico. A Plataforma Freire está totalmente em desacordo pelas reivindicações, quando esta é uma medida que arrastará o que tem sido construído pelos acadêmicos ao longo de anos, quando a educação necessita de discussão, de problematização, de presença, corpo a corpo, além de ser excludente por permitir que apenas graduados possam estar cursando. Como já escrito no último abaixo-assinado “Com o intuito de contribuir para o desenvolvimento cultural e valorização da história da região, e para preservar um curso que há anos vem formando professores-pesquisadores críticos, os acadêmicos unem-se para que alguma medida seja tomada em relação à questão financeira, pois esta é a alavanca que impulsiona o número excessivo de evasões a qual o curso sofre a cada semestre. Percebe-se ainda um número expressivo de acadêmicos ingressantes em História a cada ano letivo, mesmo que a FURB no atual momento esteja em concorrência com outras instituições de ensino superior.” Este abaixo-assinado é o segundo realizado com o mesmo pedido, e foi redigido após uma reunião junto da reitoria com quatro acadêmicos do curso, o diretor de Centro e o coordenador de curso de História. Algumas defesas advindas da reitoria é a qualidade do curso, no entanto, a posição dos acadêmicos foi expor a queda do quadro de professores durante os anos e a defasagem ocorrida.
Ao final do abaixo-assinado, que segundo o diretor de centro já foi encaminhado à reitoria, encontra-se “
Salientamos que esta é uma reivindicação legítima, que dialoga com os princípios burocráticos estabelecidos pela Universidade. No entanto, estaremos aptos à mobilização, utilizando de ferramentas práticas que viabilizem nossos direitos inerentes à ‘democracia’ a qual nos curvamos.” Portanto, eis uma das mobilizações.
Após uma longa hora, os acadêmicos de História “finalizaram” a pauta com uma reunião no auditório do Bloco J em começo de maio – a ser marcada -, a fim de chamarem os cursos com as mesmas deficiências, acadêmicos, diretores de centro e coordenadores de curso, pois: o Centro envia à reitoria, a reitoria culpa o Centro num vai-vem desgastante e abominável. Ao final, chegaram as
acadêmicas do curso de Artes /Teatro que antes não puderam estar junto devido a um compromisso de aula, mas foi à tempo de colocarem as suas reivindicações, que algumas condiziam com as que já estavam sendo expostas. Questionaram o concurso para professores; solicitaram a resposta do encaminhamento dos também 40% de desconto do curso de Artes, inclusive citaram a fala do próprio reitor na manifestação cultural “Nosso Inverno” realizado em agosto de 2009, em que o reitor mencionou que o documento estava em análise mas, no entanto, nunca houve resposta. Indagaram sobre a atual condição do DPC (Divisão de Projetos Culturais) – órgão que dialogava com a cultura dentro e nos arredores da cidade. É, isto existiu! -, que em outros tempos ocupava uma posição de acesso, diálogo e interesses em articular a cultura da cidade e hoje não se sabe onde está, dado o seu caráter de esquecimento, enfraquecimento e não-funcionalidade. As meninas vieram com documentos e estiveram aptas para responderem qualquer apelo burocrático que o reitor argumentou.
Os acadêmicos que deram continuidade à mobilização, dirigiram-se ao DCE (Diretório Central de Estudantes) com dizeres como “Diretório Central de Eventos” - novamente o “hino nacional” - e conversaram com os representantes do DCE presentes. Cobraram a posição do DCE enquanto órgão representativo dos estudantes. A omissão e imobilização no quesito “Federalização”. Como estão agindo diante das propostas da administração da universidade e indagaram sobre as bolsas concedidas aos acadêmicos para a participação em reuniões. Os representantes disseram não haver como estar comunicando os afazeres do Diretório por não terem uma plataforma que conseguiria enviar e-mail a todos os acadêmicos da universidade. Isto foi retrucado, ao saber que poderiam estar enviando para cada Centro Acadêmico e estes encaminhando estas comunicações. O DCE estabeleceu a “comunicação” como o fato que impede este diálogo que deveria existir. Que há falhas na comunicação, portanto, uma reunião com estes também foi um pedido, afinal não se sabe o que é o DCE da FURB: Para que? Para quem?

Ao sair do DCE, os estudantes seguiram até ao Bloco S, onde sentados refletiram sobre a manifestação ocorrida, discutiram sobre as próximas medidas para que os discentes com angústias semelhantes possam estar unidos e juntos não cessarem com as mobilizações.

Sobre a poesia, o poeta e o crime

Deixo a vós uns recortes de falas que, talvez e só talvez, produzam alguma reflexão sobre o ser da poesia e do poeta.
Sobre sua aceitação.
Por que ela já é tão bem aceita.
Claro que ela não é tão popular quanto o Faustão ou o Pânico, mas não lhes espantaria ver uma poesia em qualquer lugar deste.
Não, no fundo não lhes causaria espanto.
Claro que seria meio lunático alguém que recitasse poemas na rua.
Mas seria só mais um.
Seria esquecido tão rápido quanto se dobrasse a esquina.


"Na Pérsia eu vi que a poesia é feita para ser musicada e cantada – por uma razão
simples – porque funciona.
Uma combinação perfeita de imagem e melodia coloca o público num hal (algo entre
um estado de espírito emocional/estético e um transe de supraconsciência), explosões de
choro, impulsos de dança – uma mensurável resposta física à arte. Para nós, a ligação
entre poesia e corpo morreu junto com a ´epoca dos bardos – lemos sob influência de um
gás anestesiante cartesiano."

[...]

"No Oriente, às vezes os poetas são presos – uma espécie de elogio, já que sugere que o
autor fez algo tão real quanto um roubo, em estupro ou uma revolução. Aqui, os poetas
podem publicar qualquer coisa que quiserem – o que em si mesmo é uma espécie de
punição, uma prisão em paredes, sem eco, sem existência palpável – reino de sombras do
mundo impresso, ou do pensamento abstrato – um mundo sem risco ou eros.
A poesia está morta novamente – e mesmo que a múmia do seu cadáver possua ainda
algumas de suas propriedades medicinais, a auto-ressureição não é uma delas."


hakim bey em CAOS


segunda-feira, 19 de abril de 2010

A propaganda e a mente de Liniers


O enganoso também pode deixar a mente fértil! (Risos)

Esse desenhista argentino tem boas colocações e um estilo muito próprio!
Lhes recomendo: http://www.porliniers.com/

terça-feira, 6 de abril de 2010

Egoísta, sim!

"O divino é a causa de Deus,
o humano, a causa do Homem.

Minha causa não é divina
nem humana,
não é o Verdadeiro,
nem o Bom,
nem o Justo,
nem o Livre,
é o meu,
não é geral,
senão única,
como Eu Sou Único.
Não admito nada acima de mim."

Max Stirner