quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Civilização e Civilizados


Estava pensando/lendo um texto discutindo civilização. Era uma crítica a Nobert Elias e seu ponto de vista extremamente eurocêntrico. Imediatamente lembrei dos massacres feitos em nome da defesa da civilização sobre os "não-civilizados". Geralmente foram mortas nações que ocupavam os "novos mundos" (Oceania, pacífico e américa, estes três em especial), que comumente chamamos de índios.

Usamos como paramêtro geralmente a tecnologia. Porém a alemanha nazista era tecnologicámente bem desenvolvida, mas a sua caça aos judeus/testemunhas de jeová/homossexuais/comunistas, etc e qualquer oposição é considerado algo definitivamente não civilizado. Ficamos a discutir sobre as mais variadas coisas.

Neste ponto Vico, nascido no século XVII, trás algo novo, pois ninguém deu muita importância para sua obra na época. Apesar de não ter os mesmos propósitos que eu, Vico diz que; Sepultar seus mortos, Celebrar o casamento e ter um mito de explicação da origem é que definem se um grupo é civilizado ou não.

Um ponto de vista que muita gente esquece de levar em consideração na hora de classificar algo como tal, e que dá a muitos grupos "primitivos" o stattus de civilizado.

Não defendendo se acredito ser a civilização alguma coisa necessária ou tão importante, apenas uma tentativa de pensar com o martelo.

2 comentários:

  1. Posso estar bem enganado, mas pelo que sei pode-se – já que seu escrito faz o esforço de generalizar – ver em TODOS os grupos humanos – ao menos dos que tenho conhecimento – os três itens citados por Giambattista Vico, logo, ser civilizado é ser uma sociedade (?), assim sendo, não me faz muito sentido a definição civilização, senão como extensão/ variação da ideia de sociedade ou ajuntamento humano.
    Parece-me interessantíssimo lembrar-se de pensadores que, de maneira geral, fora esquecido e/ou pouco compre(e)ndidos e estudados, mas penso ser importante lembrar-se que para Vico a Razão preponderava à selvageria, Razão que advinha de um Deus (ou do divino, não me lembro bem ao certo), e que graduava as civilizações, não sendo um grupo simplesmente civilizado ou não, e sim, (em critérios arbitrários, lógico) mais ou menos civilizado, mais ou menos próximas de “Deus” .
    Entender o tempo em que Vico encontra-se leva-nos e ver quão comum ainda era nas teorias a presença de um “que” divino, no entanto, o Filósofo italiano, não esqueçamos, une Divino e Razão, em um tempo em que eram antagônicos, e faz desses essenciais para contemplar o conceito, que ainda considero vago, de civilização.
    Em vários pontos concordo com Vico e Procópio, mas ainda me parece que as questões principais discussões acerca da civilização são desviada, veladas com assuntos estéreis como achar o verdadeiro significado de um termo, levando em conta que o sentido dá-se no uso e não em uma essência filologicamente apreensível.

    Espero contribuir em algo.

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  2. Um pouco (leia-se basstante) da minha idéia era questionar esse quesito da civilização, e talvez por outros óculos (ou ausência deles) ao se olhar para o outro. Esta era a idái principal.

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