terça-feira, 17 de novembro de 2009

Educação, história e fluoxetina

Um plano futuro me espera. Ele me é romântico demais. Utópico, talvez. Revestido de imaginações. Mas eles me espantam. Eles me dizem que nada do que eu construir será compreendido. Eles desmontaram meu castelo. E agora? Com quem vou dividir minhas profundas ideias libertárias? Tudo bem, cabíveis em um prato razo. Com quem pratico a história? Pra que serve isso? Todos sabem que não é de utilidade nenhuma. Todos, não. Talvez aqueles que partilham dos saberes, ou das dúvidas dela, da história. Todavia os sonhos tem me sufocado, condicionando-me às entrelinhas de um futuro imaginário, inalcançável demais para continuar. Então desisto. Então ligo para a clínica. A melhor da cidade. Aumento meu plano de saúde. Sobe o preço e a dose de fluoxetina. E nisso aumenta meu medo: Sim, alarme por toda a casa, por favor. Agora meu corpo já é velho. Já está impedido de caminhar mais três metros...prefiro me calar, prefiro não intervir. Que assim seja, amém. Amem, disse um professor de inglês...

Um comentário:

  1. O senso-comum (e faço parte dele, no minímo algumas vezes...) está com objetivos, ideais, que são quase que suicidas, é incrível o quanto as pessoas sentem um vazio dentro delas. O quão desesperador pode ser para uma mãe seu filho sair de casa, mesmo depois de concluir a faculdade, por que, mesmo que ela não admitindo, mas deixando claro nas entrelinhas, que ela ficará sem objetivo em sua vida... Ou pessoas que ficam depressivas quando se aposentam. É tão triste isso. Por isso gosto tanto da história do manto invisível do rei, que só os inteligentes poderiam ver. Para ninguém bancar o bobo, todos fingem que vem o manto, até mesmo o rei que está nu. Mas na verdade não tem nada ali...


    UFA!

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